terça-feira, 1 de junho de 2010

As placas de Kinderhook, parte final

A experiência de Henry Caswall com Joseph Smith em Nauvoo em 18 de abril de 1842 expressa a frustração de um número cada vez maior de estudantes SUD sobre sua habilidade de traduzir documentos antigos. Caswall era um ministro viajante vindo da Inglaterra a quem foram mostrados os papiros egípcios. Ele decidiu “testar” a credibilidade de Joseph Smith ao apresentá-lo um conhecido livro de Salmos Gregos para que pudesse examiná-lo. Caswall, que provavelmente exagerou o limite de gramática e linguagem de Joseph, disse:

Ele me perguntou se eu tinha qualquer idéia do seu significado. Eu respondi que achava que se tratava de um salmo grego; mas que gostaria de ouvir sua opinião. -Não”, ele disse. “Não é de forma alguma grego; exceto, talvez, umas poucas palavras... Este livro é muito valioso. É um dicionário de hieróglifos egípcios.” Apontando para as letras em maiúsculo no início de cada verso, ele disse: “Então parecem ser hieróglifos egípcios; e os seguintes foram escritos em egípcio reformado. Os caracteres se parecem  com as letras que foram gravadas nas placas de ouro.

Caswall relatou este evento ao Dr.Willard Richards, um apóstolo SUD que disse:

Algumas vezes o Sr. Smith fala como profeta e outras vezes como um homem comum. Se ele deu uma opinião errada sobre o livro, ele falou como um homem comum.” Eu disse, “Se ele falou como um profeta ou como homem comum, ele se comprometeu consigo próprio, porque ele disse o que não é verdade. Se ele disse como profeta, no entanto, ele é um falso profeta. Se ele falou como um homem comum, ele não pode ser digno de confiança, pois ele falou positivamente como um oráculo, afirmando daquilo que ele não sabia.Henry Caswall, The City of the Mormons: Or three days at Nauvoo in 1842(London, 1842), 35-36,43. Veja também Vol. I. Warsaw, Illinois, November 15, 1843. No. 45.

Enquanto é bem verdade que temos apenas a visão de Caswall deste acontecimento, é consistente com o padrão de Joseph Smith a sua preferência em determinar rapidamente o valor e conteúdo de documentos desconhecidos assim que forem que lhe são apresentados.

Parece que existem uma série de evidências que demonstram que Joseph traduziu mal vários documentos.  O que nos traz a idéia de que Joseph Smith, como homem, tinha suas falhas como qualquer um outro. Com esta perspectiva, quando se lê o Livro de Mórmon ou a Pérola de Grande Valor é possível encontrar algumas representações icônicas do século XIX em número de vezes maior do que um lição sobre cultura e história dos povos pré-colombianos ou do Oriente Médio. Mais adiante analizaremos estes possíveis paralelos.

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