quarta-feira, 31 de março de 2010

Livro Joseph Smith - 'Rough Stone Rolling'

Um dos livros que estou lendo atualmente é uma biografia muito interessante que lança muita luz e abre os conhecimentos sobre a história mórmon que me fez adicionar recentemente na página de livros sugeridos pelo blog que se chama Joseph Smith - Rough Stone Rolling, ou =pedra bruta rolando. O título do livro vem de sua própria declaração datada de maio e junho de 1843 onde diz:

"[Eu sou como a] pedra bruta rolando morro abaixo."

"Eu [sou] a pedra bruta. O som do martelo e o cinzel nunca foram ouvidos em mim ou nunca serão.
Eu desejo o aprendizado e a sabedoria dos céus apenas."

Aos que buscam as origens históricas de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias retratadas de uma forma honesta e séria eu consideraria este livro com um outro olhar sobre o assunto. Deixo aqui abaixo um resumo do livro por ele próprio e também uma pequena ficha sobre o autor como também o link para aqueles interessados em adquirí-lo que se encontra no site da livraria da Igreja, Deseret books.

Resumo - Joseph Smith - Rough Stone Rolling
Fundador da maior igreja cristã-indígena na história americana, Joseph Smith publicou o Livro de Mórmon de 584 páginas quando tinha vinte e três anos e organizou uma igreja, fundou cidades e atraiu milhares de seguidores antes de sua morte violenta aos trinta e oito anos. Richard Bushman, um respeitado historiador e praticante mórmon, vai além do estereótipo popular de Smith como uma fraude colorida para explorar sua personalidade, suas relações com os outros, e como ele recebeu revelações.
Uma narrativa de prender o nascimento da Igreja Mórmon, Joseph Smith: Rough Rolling Stone também brilhantemente avalia suas ousadas contribuições a teologia cristã e seu lugar cultural no mundo moderno.

Sobre o Autor
Richard L. Bushman nasceu em Salt Lake City, Utah, em 1931. Ele obteve o seu doutorado na Universidade de Harvard. Lecionou na Universidade Brigham Young, Universidade de Boston, Universidade de Delaware, e Universidade de Columbia, onde atualmente é Professor de História e Professor Emérito. Seus livros anteriores são From Puritan to Yankee: Character and Social Order in Connecticut, 1690-1765 (1967), Joseph Smith and the Beginnings of Mormonism (1984), King and People in Provincial Massachusetts(1985), e do The Refinement of America: Persons, Houses, Cities (1992).

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Charles Anthon e o Livro de Mórmon

Joseph Smith explicou que os caracteres gravados nas placas de ouro do livro de mórmon não eram hebreus, que eram um egícpcio alterado ou egípcio reformado. O trabalho de gravar letras ou palavras em um livro de folhas de ouro era um processo tedioso, logo o profeta nefita Mórmon havia preferido esta liguagem pois ocupava menos espaço.

Em 01 de junho de 1827, três anos antes da publicação do Livro de Mórmon, Ethan Smith, autor do livro  'View of Hebrews' de 1823, relata no jornal semanal de Palmyra, NY, o Wayne Sentinel, publicado por Egbert B.Grandin que havia sido descoberto um manuscrito mexicano com hieróglifos que eram considerados como prova de que os mexicanos e os egípcios "tinham ligações uns com os outros e... tinham o mesmo sistema de mitologia."

Martin Harris queria ver as placas que constituíam o livro dourado, mas neste ponto da história isto não havia sido permitido a ele, logo Martin insistiu que pudesse ter a transcrição dos caracteres em papel e assim os levaria a presença de algum estudioso em línguas antigas em Nova Iorque e que obtendo um testemunho assinado de um homem entendido no assunto causaria uma grande impressão e limparia as dúvidas das mentes dos descrentes.

Em Nova Iorque o primeiro estudioso que Martin encontra foi Samuel L.Mitchell que era vice-presidente do Rutgers Medical College e conhecido no país como uma enciclopédia ambulante. Seu encontro com Samuel não foi lhe favorável no que foi-lhe recomendado que buscasse por Charles Anthon, professor de grego e latim da Universidade de Columbia. O que aconteceu neste encontro foi um dos menores enigmas de qualquer estudante de documentos mórmons. Anthon escreveu posteriormente sobre este encontro:
o papel a ele apresentado consistia de todo o tipo de caracteres distorcidos dispostos em coluna e que haviam claramente sido preparados por alguma pessoa que tinha diante de si na ocasião um livro contendo vários alfabetos. Letras gregas e hebraicas, cruzes e floreados, letras romanas invertidas ou dispostas de lado, foram colocadas em colunas perpendiculares e o todo finalizava em uma delineação rudimentar de um círculo dividido em vários compartimentos, adornado com várias marcas estranhas e evidentemente copiado de um calendário mexicano de Alexander von Humboldt, mas copiado de uma certa forma a não trair a fonte de onde provinha." Mas o único papel, ou porção dele que Martin guardou não se encaixa nesta descrição de Anthon. (veja gravura)


Quando Martin retornou, apareceram as palavras que Anthon havia declarado que os caracteres eram uma antiga taquigrafia egípcia, logo depois descobriu que seu nome estava sendo usado para fazer propaganda ao Livro de Mórmon no que escreveu uma negação violenta: "toda a estória sobre eu ter pronunciado que a inscrição mormonita ser 'hieróglifos egípcio-reformado' é perfeitamente falsa" e disse que toda a estória sobre a bíblia dourada era tanto "um trote no instruído" ou um "esquema para tapear o fazendeiro com seu dinheiro"
(carta de Charles Anthon à E.D.Howe, 17 de Feveiro de 1834, Mormonism Unvailed, pp.270-2)
Ainda assim, Harris voltou para casa desejando se aventurar no negócio de financiar o Livro de Mórmon

"Porque Martin Harris voltou e continuou a trabalhar para Joseph Smith depois do que Anthon lhe disse parece ser ridículo, eu só acho difícil trazer estas duas informações juntas..." Richard L.Bushman, professor de história da universidade de Columbia, autor do livro Joseph Smith - Rough stone rolling em entrevista dada em 2007 ao site Mormon Stories.

Sendo um mistério ou não o fato é que a versão de Martin de seu encontro com Charles Anthon sugere um porque. Ele disse a Joseph que Anthon tinha pronunciado que os caracteres eram Egícpcios, Caldeus, Assírios e Árabes e deu seu parecer por escrito. Então ficando mais curioso sobre o assunto, ele pediu a Harris por mais detalhes. Depois de ouvir a estória do anjo e das placas de ouro, ele tinha rasgado sua própria declaração em aversão. Mas como estava a par do assunto, Anthon havia sugerido que as placas lhes fossem apresentadas para traduzir. Isto era proibido, Harris lhe disse e comentou ainda que parte do livro estava selada. Na qual Anthon lhe respondeu brevemente: "Eu não posso ler um livro selado".

Quando Joseph ouviu Harris até o final, ele folheou o velho testamento no capítulo 29 de Isaías e leu para ele os versos onze e doze: "Por isso toda a visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso, porque está selado. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler." Harris estava arrebatado, ele tinha cumprido uma profecia!

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sábado, 27 de março de 2010

Site 'Mormon Think'

Novo link adicionado ao blog

"Bem, nós não temos nada a esconder. Nossa história é um livro aberto. Eles podem achar o que eles estão procurando, mas o fato é que a história da Igreja é clara e aberta e conduz à fé, força e virtudes". - Gordon B. Hinckley, 25 de dezembro de 2005 entrevista ao The Associated Press

O site da internet 'Mormon Think' é produzido por membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que estão preocupados com a exatidão histórica da nossa igreja e como ela está sendo ensinada a seus membros e retratada na mídia.

Há muita desinformação sobre a igreja Mórmon que é apresentada por ambos os críticos e os defensores da fé - especialmente na Internet. Nós apresentamos dois lados igualmente e deixamos os leitores decidirem.

O site vem categorizado por assunto e está em inglês

Clique aqui para ver o site traduzido para o português (Google Tradutor)

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Caçadores de Mitos "A única Igreja verdadeira"




Andrew Ainsworth, para o site Mormon Matters, publicado em 21 de janeiro de 2008 - traduzido por A.Flauber D.Barros.’. 

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Existem muitos mitos tanto dentro como fora da Igreja sobre os SUD declararem ser a “única Igreja verdadeira”. Esta declaração, feita assim torna difícil para pessoas de outras religiões para aceitá-la por razões óbvias. Mesmo alguns Mórmons podem resistir com este assunto porque também parece ser controverso aceitar a afirmação que nossa crença em um Deus justo e misericordioso que ama todos os seus filhos igualmente.
Eu não espero que seja “fácil” aceitar “única Igreja verdadeira” que assim se afirma. No entanto, eu acredito que membros da Igreja infelismente podem tornar mais difícil aceitar “uma igreja verdadeira” quando eles avançam direto em cima de algumas conclusões desnecessárias sobre o que realmente significa “única Igreja verdadeira”.
Para compreender perfeitamente o que “única Igreja verdadeira” “realmente significa, primeiramente precisamos ser claros sobre o sentido desta afirmação. Embora a Igreja SUD incorrigivelmente afirma ser a possuidora das chaves do sacerdócio, Mórmons não alegam nenhum monopólio da verdade ou comunicação com Deus. Ao contrário, Mórmons acreditam que chamados de Deus e líderes guiados de todas as crenças revelam a verdade aos seus filhos e completam seu grande trabalho e este Deus ama e guia à todos que com sinceridade o buscam, não importando de que religião ou credo eles façam parte. O texto que segue é minha tentativa de romper alguns dos muitos mitos sobre o que é a pérola “única igreja verdadeira” quer dizer através de palavras de líderes da Igreja e publicação mórmon.

Mito: Deus parou de se comunicar com a humanidade por centenas de anos durante “a Apostasia,” quando o sacerdócio não se encontrava sobre a face da terra.

Detonando o mito:
“A linha de autoridade do sacerdócio foi quebrada. Mas a humanidade não foi deixada em completa obscuridade ou completamente sem revelação ou inspiração. A idéia de que com a crucificação de Cristo os céus se fecharam e que se abriram com a Primeira Visão não é verdadeira. A Luz de Cristo estaria presente em todos os lugares para servir os filhos de Deus; o Espírito Santo visitaria almas que buscam. As orações dos justos não ficariam sem respostas.” Elder Boyd K. Packer [1]
“Desde antigamente . . . bons e grandes homens, não tendo o Sacedócio, mas possuindo profundidade de pensamento, grande sabedoria, e um desejo de elevar seus semelhantes, tem sido enviados pelo Todo-poderoso entre as nações, para dá-los, não a plenitude do Evangelho, mas uma porção da verdade para que eles possam ser capazes de recebê-lo e sabiamente utilizá-lo.” Elder Orson F. Whitney, quoted by Elder Howard W. Hunter [2]

Mito: Na época deJoseph Smith, as igrejas Cristãs eram completamente corrompidas e abomináveis perante o Senhor.

Detonando o mito:
“Santos do Últimos Dias bem informados não discutem que o Cristianismo histórico perdeu toda a verdade ou se tornou completamente corrompido. As igrejas ortodoxas podem ter perdido a ‘plenitude’ do evangelho, mas não perderam todo ou nem mesmo a maioria dele... A visão SUD atual, é de que as igrejas ortodoxas são incompletas e não corrompidas. E são suas crenças pós-biblicas que são mostradas na primeira visão de Joseph Smith como uma ‘abominação’ mas certamente não seus membros individualmente ou de sua fé na bíblia.” Stephen E. Robinson (como citado em www.lds.org)[3]

Mito: Porque os Mórmons são o único povo atualmente guiado por profetas verdadeiros com a autoridade do sacerdócio, eles são os únicos eleitos para receber inspiração Divina.

Detonando o mito:
“Nós afirmamos de que inspiração Divina não é limitada aos Santos dos Últimos Dias.” Elder James E. Faust[4]
“Todos os homens compartilham da herança de uma luz divina. Deus opera entre seus filhos em todas as nações, e aqueles que buscam a Deus lhe são permitidos mais luz e conhecimento, independente de sua raça, nacionalidade ou tradições culturais.” Elder Howard W. Hunter[5]
“Porque eis que o Senhor concede a todas as nações que ensinem a sua palavra em sua própria nação e língua, sim, em sabedoria, tudo o que ele acha que devem receber; vemos, portanto, que o Senhor aconselha com sabedoria, segundo o que é justo e verdadeiro..” Book of Mormon[6]

Mito: Como povo do convênio de Deus, os Mórmons são os que foram escolhidos por Deus para executar sua grande e maravilhosa obra.

Detonando o mito:
“Deus usa mais de uma pessoa para a que seja cumprida sua grande e maravilhosa obra. Os Santos dos Últimos Dias não podem fazê-lo sozinho. É muito amplo, muito árduo para qualquer um. … Nós não temos nada contra os Gentios. Eles são nossos parceiros sob certo aspecto.” Elder Orson F. Whitney, citado por Elder Ezra Taft Benson[7]

Mito: Mesmo que líderes bem-intencionados de outras religiões e igrejas sejam servos vítimas do demônio eles estão enganando e levando os filhos de Deus para o mal caminho.

Detonando o mito:
“Nós cremos que a maioria dos líderes religiosos e seus seguidores são crentes sinceros que amam a Deus e compreendem e O servem com o melhor de suas habilidades. Nós devemos a estes homens e mulheres que mantêm a luz da fé e aprendizado vivos através dos séculos até hoje em dia . . . Nós lhe rendemos graças como servos de Deus.” Elder Dallin H. Oaks[8]
“Os grande líderes religiosos do mundo como Maomé, Confúcio e os Reformadores, assim como os filósofos incluindo Sócrates, Platão e outros, receberam uma porção da luz de Deus. Princípios morais foram dados a eles por Deus para iluminar nações inteiras e trazê-las a um nível maior de entendimento como indivíduos. … Nós cremos que Deus deu e dará a todas as pessoas conhecimento suficiente para ajudá-las em seus próprios caminhos a eterna salvação.” Elder James E. Faust[9]

Mito: As pessoas pertencem ou a Igreja SUD ou a “igreja do demônio,” também conhecida como a “grande e abominável Igreja.”

Detonando o mito:
“Nós temos que entender que. . . não são todos que aceitarão nossa doutrina da Restauração do evangelho de Jesus Cristo... Eles se preocupam com suas famílias, do mesmo modo que nós. Eles querem fazer do mundo um lugar melhor, assim como nós. Eles são bondosos, carinhosos, generosos e fiéis, assim como procuramos ser.” Elder M. Russell Ballard[10]

Mito: Se uma pessoa não entra para a Igreja depois de aprender a respeito, esta pessoa não é honesta em seu coração.

Detonando o mito:
“Talvez o Senhor precise de homens de fora de sua Igreja para ajudá-Lo. Eles. . . podem fazer coisas melhores pela causa de onde o Senhor os colocou, do que qualquer outro lugar. … Por conseguinte, eventualmente alguns destes recebem o testemunho da verdade; enquando outros se mantêm em suas crenças . . . as belezas e glórias do evangelho sendo cobertas de suas vistas por uma sábio propósito.” Elder Orson F. Whitney, citado por Elder Ezra Taft Benson[11]
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[1] Boyd K. Packer, “The Light of Christ,” Ensign, Apr. 2005, 11 (citado na página da igreja em: http://www.lds.org/ldsnewsroom/).
[2] Orson F. Whitney, Conference Report, Apr. 1921, pp. 32-33 [citado por Howard W. Hunter, "The Gospel-A Global Faith," Ensign, Nov 1991, 18].
[3] Craig L. Blomberg e Stephen E. Robinson, How Wide the Divide? A Mormon and an Evangelical in Conversation (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1997), 61 (citado na página da Igreja em http://www.lds.org/ldsnewsroom/).
[4] Elder James E. Faust, “Communion with the Holy Spirit,” Ensign, May 1980, 12 .
[5] Howard W. Hunter, “The Gospel-A Global Faith,” Ensign, Nov 1991, 18 .
[6] Alma 29:8
[7] Orson F. Whitney, Conference Report, April 1928, p. 59 [citado por Ezra Taft Benson, "Civic Standards for the Faithful Saints," Ensign, Jul 1972, 59].
[8] Dallin H. Oaks, “Apostasy and Restoration,” Ensign, May 1995, 84.
[9] Elder James E. Faust, “Communion with the Holy Spirit,” Ensign, May 1980, 12
[10] M. Russell Ballard, “Doctrine of Inclusion,” Ensign, Nov 2001, 35.
[11] Orson F. Whitney, Conference Report, April 1928, p. 59 [citado por Ezra Taft Benson, "Civic Standards for the Faithful Saints," Ensign, Jul 1972, 59].

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terça-feira, 23 de março de 2010

Martin Harris, uma das testemunhas do Livro de Mórmon

O Livro de Mórmon foi impresso por Egbert B.Grandin, responsável também pela impressão do Wayne Sentinel. Martin adiantou 3 mil dólares pela impressão de 5 mil cópias do livro, concordando com a possibilidade de hipotecar sua fazenda se necessário para poder completar o total. A esta altura ele tinha deixado sua esposa, que inicialmente não concordava com a idéia de patrocinar o trabalho sugerido por Joseph Smith. Mas Martin deixou para Lucy 80 acres de terras e uma casa. O que não estavam nos planos era que os cidadãos de Palmyra ao saberem do advento da impressão do Livro de Mórmon, organizaram um boicote e forçou a Egbert a parar os trabalhos e a dar continuidade somente após receber o valor em sua totalidade pela impressão. Como Harris ainda não havia hipotecado sua fazenda e não houvesse dinheiro disponível, Hyrum Smith, que provavelmente não gostava de Harris, pois suspeitava que ele queria todos os lucros da venda do livro(opinião de David Whitmer, ver Address to all believers in Christ, p.31) sugeriu que tentassem vender os direitos autorais, Copyright  para assegurarem a publicação. Joseph Smith olhou pelo Urim e Tumim e recebeu uma revelação mandando Oliver Cowdery e Hiram Page irem a Toronto, aonde iriam encontrar um homem ansioso para comprá-lo.


"Nós não o encontramos", Cowdery escreveu depois, "e tivemos que retornar surpresos e desapontados...me lembro bem quão duro me esforcei para afastar os maus presságios que se apoderaram de mim, que o primeiro Elder nos fez de instrumentos, onde ele pensou que na simplicidade de nossos corações nós seriámos mandados lá divinamente" (Defence in a rehearsal of my grounds for separating myself from the latter-day saints, Oliver Cowdery, Ohio, 1839.)


Esta foi a primeira vez que uma revelação tinha fracassado. Joseph Smith explicou: "Algumas revelações são de Deus: outras revelações são de homens: e algumas revelações são do demônio... Quando um homem pede ao Senhor sobre uma questão, se ele é enganado pelos próprios desejos carnais e está em erro, ele receberá a resposta de acordo com seu coração equivocado, mas não será uma revelação do Senhor"

Como relatado por David Whitmer, "eu poderia citar outras falsas revelações que vieram pela boca de Joseph. Muitas das revelações de Joseph nunca foram publicadas. A revelação para ira ao Canadá foi escrita em papel, mas nunca foi publicada." (Address to all believers in Christ, By A Witness to the Divine Authenticity of the Book of Mormon, David Whitmer, Richmond, Missouri, 1887, p.31)

Joseph então tinha uma única chance. Martin Harris estava sendo um zeloso mas embaraçoso prosélito que propagava suas próprias experiências visionárias tão abertamente como Joseph o fazia. Ele dizia ter visto Jesus na forma de um veado, ele disse que andou com ele por 3 ou 5 km, falando com ele tão facilmente quanto um homem fala com outro. O demônio ele disse, se parecia com um jumento com um pêlo curto e macio parecido com um de um rato. Ele profetizou que a cidade de Palmyra seria destruída em 1836 e que em 1838 a igreja de Joseph seria tão grande que não haveria necessidade de um presidente dos Estados Unidos. Publicamente Harris era tolerado como alguém divertido e apenas eventualmente visto com desprezo, em particular a cidade de Palmyra fofocava sobre sua conduta escandalosa com a esposa de seu vizinho, Haggard (J.A.Clark: Gleanings by the way, Philadelphia, 1842, pp.258, 348 e a declaração de Lucy Harris em E.D.Howe, Mormonism Unvailed, Painesville Ohio: Telegraph Press, 1834, pp.14,256)

Como resultado destas ações de Harris, Joseph smith lançou a palavra do Senhor tal qual se encontra em D&C 19:15-35

"Portanto ordeno que te arrependas—arrepende-te, para que eu não te fira com a vara de minha boca e com minha ira e com minha cólera e teus sofrimentos sejam dolorosos—quão dolorosos tu não sabes, quão intensos tu não sabes, sim, quão difíceis de suportar tu não sabes...
E ordeno-te que nada pregues a não ser arrependimento; e não mostres estas coisas ao mundo até que me pareça prudente...
E também te ordeno que não cobices a mulher de teu próximo; nem procures tirar a vida de teu próximo.   E também te ordeno que não te apegues a tua propriedade, mas oferece-a liberalmente para a impressão do Livro de Mórmon...
E sofrimento terás se desprezares estes conselhos, sim, em verdade a destruição de ti mesmo e de tua propriedade...
Paga a dívida contraída com o impressor. Livra-te da servidão"

Então assustado com os desígnios do Senhor, Harris vendeu sua fazenda, Grandin foi pago à vista e em 26 de março de 1830 o Livro de Mórmon foi colocado a venda na livraria de Palmyra.

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segunda-feira, 22 de março de 2010

Paralelos entre a história de Joseph e o Livro de Mórmon

Como sabem Joseph Smith explicou que o Livro de Mórmon é um relato dando conta da história dos índios americanos dos tempos antigos e que como a bíblia, foi escrito por profetas e dividido em livros. O primeiro profeta Néfi foi um jovem hebreu que deixou Jerusalém por volta do ano 600 a.C. e navegou até as américas com seu pai Léhi e sua família fugindo da destruição da cidade. Léhi era um desconhecido nome bíblico até então, mas Emma Smith provavelmente conhecia melhor aquele nome como um rio, o Lehigh que corre não distante do sul de Harmony.
Assim como Joseph, Néfi também tinha dois irmãos mais velhos - Lamã e Lemuel e três mais novos, Sam, Jacó e José. Lamã e Lemuel eram mau humorados pecadores que provocavam a ira de Deus e que os amaldiçoou junto com seus descendentes com uma pele escura. Lemuel, a propósito é um nome bíblico e coincidentemente também um vizinho de Joseph, Lemuel Durfee, que assinou um depoimento em 1833 acusando Joseph Smith de ter uma personalidade imoral e maus-hábitos.(Howe, Mormonism Unvailed, pp.261-2)
Nos primeiros capítulos do Livro de Mórmon, em alguns momentos nos remetem a vida, cotidiano e as tradições familiares de Joseph, eis um outro paralelo agora com o sonho de Léhi e o sonho de Joseph Smith Sr. (seu pai), conforme registrado por Lucy Smith no livro Biographical Sketches, pp.58-9

A visão de Léhi (1Néfi 8) em azul / O sonho de Joseph Smith Sr. em vermelho(Biographical Sketches, 1853)

"... enquanto o seguia, vi que eu estava num escuro e triste deserto."

"Pensei que estava viajando num campo aberto e desolado, que parecia estéril."

"E aconteceu que vi uma árvore cujo fruto era desejável para fazer uma pessoa feliz... era o mais doce de todos os que já havia provado. Sim, e vi que o fruto era branco, excedendo toda brancura que eu já vira....comecei a desejar que dele também comesse minha família..."

"...uma árvore, como eu nunca tinha visto antes...ela dava um tipo de fruto...tão branco quanto a neve...
Eu achei delicioso além da descrição.
Enquanto eu estava comendo, eu disse em meu coração:
"Eu não posso comer isso sozinho, preciso trazer minha esposa e filhos, para que possam partilhar comigo."

"E vi uma barra de ferro que se estendia pela barranca do rio e ia até a árvore onde eu estava."

"Vi um lindo riacho de água, que corria de leste a oeste...Eu podia ver uma corda correr ao longo da margem do mesmo"

"...um grande e espaçoso edifício...E estava cheio de gente, tanto velhos como jovens, tanto homens como mulheres; e suas vestimentas eram muito finas; e sua atitude era de escárnio e apontavam o dedo para aqueles que haviam chegado e comiam do fruto."

"Vi um espaçoso edifício...e estava cheio de gente, que estavam bem vestidas. Quando essas pessoas nos viam no vale embaixo, debaixo da árvore, apontavam o dedo de desprezo contra nós."


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domingo, 21 de março de 2010

As várias versões da primeira visão de Joseph

Lembro-me de quando me filiei a Igreja, cheguei a participar durante alguns meses do Seminário de religião, que na ocasião estávamos estudando o livro de Doutrina & Convênios, tive uma excelente experiência do curso o qual atendi juntamente com minhas irmãs que foi proporcionada pela impecável professora Elda Alvarenga, fiz boas amizades e participei da famosa e sempre muito aguardada competição de busca de escrituras, na qual o nosso líder do SEI, na ocasião nosso Pres.de Estaca Pedro Penha ditava a palavra-chave da escritura e os jovens divididos entre as alas e ramos corriam seus livros de escrituras para procurar o versículo pedido, e sempre haviam prêmios ao final, tanto para a unidade que venciam tanto para os jovens que mais rapidamente abriam as passagens escriturísticas.

Me recordo também dos famosos cartões de busca de domício de escrituras, que vinham com a escritura de um lado e algumas informações que nos lembravam de levar em consideração a respeito da passagem. As informações eram as seguintes:

Contexto Histórico, Ensinamento Doutrinário, Aplicação Missionária e Aplicação Pessoal.

Para apresentar o artigo de hoje, vou me utilizar deste exemplo que trouxe de minhas boas memórias dos tempos de seminário ao descrever o panorama histórico o qual Joseph Smith se incluia para explorar um pouco das várias versões de sua 1ª visão.

Visões de Deus e ou anjos eram comuns e faziam parte do folclore local da época, Elias Smith um pregador protestante de Vermont teve uma experiência similar a de Joseph Smith em um bosque próximo a Woodstock, onde ele viu "O Cordeiro em cima do Monte Sião" e o clarão de sua glória na floresta.
Um outro cidadão, John Samuel Thompson que ensinou na Academia de Palmyra em 1825, viu Cristo descendo dos céus "num resplendor de luz mais brilhante que o sol ao meio-dia" e ouviu-O dizendo "Eu te ordeno que vá e diga a todos os homens que eu venho; e peço que cada um grite vitória!" mas Thompson nunca descreveu sua experiência como algo além de um sonho.
Asa Wild de Amsterdam, Nova Iorque falou com a "espantosa e gloriosa majestade do grande Jeová" e aprendeu que "toda e qualquer denominação que se professam cristãs se tornaram extremamente corruptas" e que dois terços da humanidade seriam destruídas e que os restantes seriam acomodados no Milênio. "Muito mais o Senhor revelará" Wild disse que "mas me proíbe de falar mais, Logo mais eu publicarei em um panfleto minha experiência religiosa e viajarei em minha vida divina"

Bem, este é o panorama histórico em que Joseph Smith estava vivendo, agora vejamos as versões de sua primeira visão, quando foram escritas e qual a versão final atualmente utilizada e quando foi escrita:

O primeiro rascunho de sua autobiografia não menciona sobre sua primeira visão quando foi publicado em 1834, se o ocorrido fosse de tal magnetude era de se esperar que fosse muito marcante para um jovem que passou por tal manifestação celestial. Mas existem duas versões em manuscritos sobre sua visão entre 1831 e o relato de Orson Pratt "Remarkable Visions"de 1840 que indica que sua visão entrou em uma rica evolução de detalhes. Na primeira em que Joseph ditou em 1831 ou 1832, ele disse que "no meu 16º. ano de idade... o Senhor abriu os céus sobre mim e eu vi o Senhor."
Em 1835, este relato mudou para uma visão de dois "personagens" em "uma coluna de fogo" acima de sua cabeça e "muitos anjos." Na versão publicada os personagens se tornaram Deus, o pai e Seu filho Jesus Cristo e os anjos haviam desaparecido. A idade de Joseph foi mudada para quatorze anos.
Outro ponto interessante é o de que embora a data final do início das manifestações celestiais a Joseph houvessem começado em 1820, existem evidências de que sua mãe e irmãos, Hyrum e Samuel, não pararam de ir a Igreja Presbiteriana até pelo menos 1828.(Registros  microfilmados da Igreja Presbiteriana de Palmyra datados de março de 1830: Lucy, Hyrum e Samuel foram suspensos da igreja por não participarem das atividades e sacramento da igreja nos últimos 18 meses.) Existem outras fontes, como uma carta da mãe de Joseph Smith em que escreve a seu irmão em 1831 em que relata detalhes completos sobre Livro de Mórmon e o estabelecimento da Igreja mas não menciona nada sobre a "primeira visão"  e na primeira publicação de Joseph Smith sobre os inícios da Igreja em 1834 feito com o auxílio de Oliver Cowdery também não há o relato da manifestação de Deus e Jesus Cristo mas diz que começou através de sua busca por respostas a Deus durante a idade de 17 anos( não 14 anos). Cowdery descreveu o início das visões com a visita do anjo Moroni, o qual direcionou Joseph para obter as placas do Livro de Mórmon.
Agora eis o relato final da visão de Joseph Smith, tal qual escrito em 1838, 18 anos após a primeira visão:

"Era a primeira vez na vida que fazia tal tentativa, pois em meio a todas as ansiedades que tivera, jamais havia experimentado orar em voz alta... ajoelhei-me e comecei a oferecer a Deus os desejos de meu coração. Apenas iniciara, imediatamente se apoderou de mim uma força que me dominou por completo; e tão assombrosa foi sua influência que se me travou a língua, de modo que eu não podia falar. Uma densa escuridão formou-se ao meu redor e pareceu-me, por um momento, que eu estava condenado a uma destruição súbita. Mas usando todas as forças para clamar a Deus que me livrasse do poder desse inimigo que me subjugara, no momento exato em que estava prestes a sucumbir ao desespero e abandonar-me à destruição—não a uma ruína imaginária, mas ao poder de algum ser real do mundo invisível, que possuía uma força tão assombrosa como eu jamais sentira em qualquer ser—exatamente nesse momento de grande alarme, vi um pilar de luz acima de minha cabeça, mais brilhante que o sol, que descia gradualmente sobre mim. Assim que apareceu, senti-me livre do inimigo que me sujeitava. Quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!

  Meu objetivo ao dirigir-me ao Senhor era saber qual de todas as seitas estava certa, a fim de saber a qual me unir. Portanto, tão logo me controlei o suficiente para poder falar, perguntei aos Personagens que estavam na luz acima de mim qual de todas as seitas estava certa (pois até aquele momento jamais me ocorrera que todas estivessem erradas) e a qual me unir. Foi-me respondido que não me unisse a qualquer delas, pois estavam todas erradas; e o Personagem que se dirigia a mim disse que todos os seus credos eram uma abominação a sua vista; que aqueles religiosos eram todos corruptos; que “eles se aproximam de mim com os lábios, mas seu coração está longe de mim; ensinam como doutrina os mandamentos de homens, tendo aparência de religiosidade, mas negam o seu poder”.
  Novamente me proibiu de unir-me a qualquer delas; e muitas outras coisas disse-me, as quais não posso, no momento, escrever. Quando tornei a voltar a mim, estava deitado de costas, olhando para o céu." Joseph Smith História 1

O que quer que tenha acontecido naquela manhã de primavera de 1820, passou totalmente desapercebido na cidade de Joseph Smith e aparentemente não se fixou suficientemente nas mentes dos membros da própria família.

Fontes: A visão de Elias Smith é descrita em "The life, conversion, preaching... of Elias Smith, escrito por ele próprio-Portsmouth, New Hampshire, 1816, p.58 (ele veio de Lyme, Connecticut, lugar de nascimento de Solomon Mack e migrou para Vermont na mesma época que Mack.
O sonho de Thompson é descrito em seu livro Christian Guide (Utica, New York, 1826, p.71)
O relato de Wild pode ser encontrado em Wayne Sentinel, october 22, 1823.

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terça-feira, 16 de março de 2010

Os escritos de Joseph Smith

Os escritos de Joseph Smith ou 'Joseph Smith Papers' é um projeto que tem como propósito juntar escritos criados por Joseph Smith, ou por funcionários cujo trabalho ele dirigido.  
Quando completado o projeto, o trabalho terá mais de 30 volumes divididos por temas em 6 séries a saber:
  • Diários pessoais (3 volmes)
  • Documentos (11 volumes)
  • Revelações e Traduções (4 volumes)
  • História da Igreja (7 volumes)
  • Papéis Jurídicos e de Negócios (3 volumes)
  • Papéis Administrativos (4 volumes)
O projeto também inclui documentos recebidos e "propriedade" de seu escritório. Estes documentos-chave incluem, especialmente, os diários pessoais, cerca de 3 volumes, a correspondência de entrada e saída, revelações, relatos contemporâneos dos discursos, editoriais, e avisos.
Interessante lembrar que a maioria das pessoas que estudam a História da Igreja são de fora dela, acordo bibliotecários e guardiões dos documentos da Igreja a grande maioria dos membros desconhece muitos dos fatos históricos que fundaram as base de nossa religião. Excelente momento para mudar isto.


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O Livro de Mórmon de 1830

Alguém aqui já se imaginou lendo o Livro de Mórmon sem a divisão de capítulos, versículos, tal qual quando foi impressa pela primeira vez em Palmyra, logo após ser traduzida das placas originais? Pois é, esta versão histórica já está disponível online para leitura, trata-se de um extenso trabalho fotográfico feito por John Hajicek, onde fotografou página por página do Livro e disponibilizou as fotos em seu website chamado de iNephi.com.

Em seu site é possível ainda fazer a busca por um determinado autor, capítulo e versículo e ainda comparar com a versão do Livro de Mórmon atual, é possível ver como posteriormente foram feitas as divisões de capítulos e versículos e ainda as diferenças no conteúdo do texto.

Boas pesquisas!

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segunda-feira, 15 de março de 2010

A Pedra Vidente

"Você não me conhece, você nunca conheceu meu coração. Ninguém conhece a minha história. Eu não posso contá-la: eu nunca deverei fazê-lo. Eu não culpo ninguém por não acreditar na minha história. Se eu não tivesse experenciado o que eu vi, eu não poderia ter acreditado" Joseph Smith, 7 de abril de 1844, Nauvoo, Illinois

 Quem busca sobre os primeiros anos de vida do profeta Joseph Smith, com certeza se deparará com sua aventuras como caçador de tesouros e seus métodos de busca por arcas de ouro e prata pelos arredores do condado de Nova Iorque e observará que era uma 'febre' do momento estas buscas por tesouros ocultos na terra, alguns utilizavam forquilhas de galhos de árvores e outros pedras de vidente ou pedras mágicas. Os tais tesouros ocultos seriam oriundos de famílias que os enterravam para salvar os últimos resquícios de suas economias ou o ouro deixado pelos espanhóis quando estes estiveram por lá.

Em meio a esta fascinação por busca de dinheiro enterrado, eventualmente estes caçadores de tesouros tinham sua aventura ameaçada pelos donos das terras que eventualmente processavam judicialmente os que queriam fazer de suas propriedades sítios arqueológicos. Com Joseph Smith não foi diferente, em março de 1826, um ano antes de obter definitivamente as placas de Moroni no monte Cumora, a corte de Bainbridge em Nova Iorque julgou culpado Joseph Smith Jr. sendo acusado por ser "uma pessoa desordenada e um impostor" por perturbar a paz local.

Sobre suas caçadas ao tesouro, Joseph Smith não esconde ao relatar no jornal da Igreja da época e também em seu diário, disse que não era um trabalho rentável pois "só ganhava 14 dólares por mês com isto"
Elder's Journal, Far west Missouri, Vol.1, 1838, p.43 and JS History of the Church, Vol.III, p.29

Logo mais trabalhando na abertura de um poço de água, à 7 metros de profundidade eis que Joseph encontra a sua famosa pedra vidente, esta que Martin Harris depois registrou que Joseph podia ver "fantasmas, espíritos infernais e montanhas de ouro e prata"

O que se sabe sobre esta pedra vidente de Joseph Smith?

Em Comprehensive History of the Church (CHC), historiador SUD e membro do Quórum dos Setenta Brigham H. Roberts cita Martin Harris, uma das três testemunhas, cujo nome é encontrado em todas as edições do Livro de Mórmon desde sua edição original. Harris disse que a pedra vidente que Joseph possuía era de "cor de chocolate, em forma de ovo que o profeta encontrou ao escavar um poço junto com seu irmão Hyrum." Harris disse que por esta pedra "Joseph era capaz de traduzir os caracteres gravados nas placas" (CHC 1:129).

Joseph Smith mostrou sua pedra vidente publicamente pela primeira vez no dia 27 de dezembro de 1841
(Brigham Young Journal at Millenial Star, Vol.XXVI, p.119)

Após sua morte em 1844, a pedra vidente de Joseph foi levada para Utah e Brigham Young a exibiu aos regentes da Universidade de Deseret em 26 de fevereiro de 1856 (Utah Historical Society Library - Vol. VI, pp.117-118)

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domingo, 14 de março de 2010

Página Introdução do Livro de Mórmon


Boa noite caros irmãos e amigos do blog, o artigo de hoje é sobre uma mudança, quase recente, observação datada de 2007, na página de Introdução do Livro de Mórmon(atribuída a Bruce R. McConkie em 1981) e que até o presente momento, não encontrei alguma citação e ou declaração oficial por parte da Igreja em relação ao assunto, mas antes de chegar ao cerne da questão, eis uma breve explicação sobre do que se trata o Livro de Mórmon para aqueles que não sabem o que ele é ou o que ele significa para os SUD (Santos dos Últimos Dias) que são os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias:


O Livro de Mórmon é um livro de registros de profetas antigos, dando conta dos antigos habitantes da Américas, reconhecido pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias como escritura sagrada, é um relato de algumas nações que viveram nos continentes americanos. Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. com o profeta Lehi e sua família que viveu nos tempos do profeta Jeremias da Bíblia e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como os nefitas e os lamanitas. A 'outra' veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como jareditas. É conhecido como contendo a plenitude do evangelho de Jesus Cristo. O Livro de Mórmon fala sobre a visita de Jesus Cristo ao povo das Américas, logo após Sua ressurreição.


Joseph Smith, guiado por um anjo chamado Moroni, encontrou as placas de ouro, nas quais o livro havia sido escrito e posteriormente o traduziu para o inglês pelo dom e poder de Deus. Ele disse que o livro "é o mais correto que existe sobre a face da Terra e a pedra angular de nossa religião e [que] um homem pode se aproximar mais de Deus observando os seus preceitos do que pelos de qualquer outro livro." (History of the Church, 4:461)

Fechado este parêntese, em minhas leituras do Livro de Mórmon, ao observar a página de Introdução e comparando com o texto atual disponibilizado pelo site oficial da Igreja, me deparei com a seguinte questão:

                                      INTRODUÇÃO
O Livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia. É um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho eterno.
O livro foi escrito por muitos profetas antigos, pelo espírito de profecia e revelação. Suas palavras, escritas em placas de ouro, foram citadas e resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas. A outra veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como jareditas. Milhares de anos depois, foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que são os principais antepassados dos índios americanos. (trecho da página introdução datado de 2001)

Logo na edição mais recente, disponibilizada no site oficial da Igreja encontramos:

"...Milhares de anos depois, foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que estão entre os antepassados dos índios americanos." (página introdução datado de 2010)

A mudança veio de “são os principais antepassados” para “que estão entre os antepassados

De acordo com Doutrina & Convênios 28 o Senhor através de Joseph Smith recebeu uma revelação aonde mencionava os Lamanitas nos versículos 8 e 9: "E agora, eis que eu te digo que irás aos lamanitas para pregar-lhes meu evangelho; e se aceitarem os teus ensinamentos, estabelecerás entre eles a minha igreja; e receberás revelações, mas não as escreverás como mandamentos.

  9 E agora, eis que te digo que não foi revelado e nenhum homem sabe onde será construída a cidade de Sião, mas será revelado mais tarde. Eis que te digo que será nas fronteiras, próximo aos lamanitas."
Pesquisando também pela net, para buscar compreender a posição da Igreja em relação aos índios americanos=lamanitas encontrei um artigo datado de 08 de novembro de 2007 do jornal Salt Lake Tribune que comenta:

"Muitos Mórmons, incluindo vários Presidentes da Igreja, ensinaram que as Américas foram largamente habitada pelos povos do Livro de Mórmon.

Uma proclamação do quórum dos doze apóstolos datada de 06 de abril de 1845

"Nós também prestamos testemunho de que os "Índios" (assim chamados), do Norte e da América do Sul são um remanescente das tribos de Israel, como agora se manifesta com a descoberta e revelação de seus oráculos antigos e registros."

Em 1971, o Presidente da Igreja Spencer W. Kimball disse que Lehi, o patriarca da família, foi "o antepassado de todos os índios e tribos mestiças do Norte e do Sul e América Central e nas ilhas do mar.”
...

“O termo 'Lamanita' inclui todos os índios e misturas indígenas, como os polinésios, os guatemaltecos, peruanos, bem como o dos Sioux, os Apache, os Mohawk, os Navajo, e outros. É um grupo grande de grandes pessoas. ” (Ensign, July, 1971 - Of Royal Blood (President Spencer W. Kimball, Acting President of the Council of the Twelve

Em adição, Spencer W.Kimball sobre os habitantes das ilhas do mar:

"Vocês polinésios do Pacífico são chamados de Samoanos ou Maori, Taitianos ou Havaianos, de acordo com suas ilhas. Provavelmente há 60 milhões de vocês sobre os dois continentes e nas ilhas do Pacífico, todas relacionadas por laços de sangue. O Senhor lhes chama Lamanitas, um nome que tem um toque agradável, entre aqueles dentre as maiores pessoas que já viveram na face da terra foram chamados. Em um sentido restrito, o nome significa os descendentes de Laman e Lemuel, filhos de seu primeiro pai americano, Lehi, mas vocês sem dúvida, possuem também o sangue dos outros filhos, Sam, Néfi, e Jacó. E vocês provavelmente tem um pouco de sangue judeu de Muleque, filho de Zedequias, rei de Judá. O nome Lamanita distingue dos outros povos. Não é um nome de escárnio ou constrangimento, mas um dos quais se deve ter muito orgulho. " (Os Ensinamentos de Spencer W. Kimball, p.596, SLC:Bookcraft 1982)

Após testar o DNA de mais de 12.000 índios, porém, a maioria dos pesquisadores concluíram que os primeiros habitantes do continente vieram da Ásia através do Estreito de Bering, e não foi encontrado nenhum traço de hebreus.

A grande questão é, com esta mudança, a Igreja estaria de uma certa forma "admitindo" que as teorias científicas sobre a colonização das Américas têm algum elemento de verdade nelas, se partirmos do princípio de que os atuais testes de DNA revelaram que os índios presentes nas Americas atualmente têm relação com a Sibéria? Bom aguardemos alguma pronunciação oficial da Igreja.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

10 coisas que todo Mórmon deveria saber





Andrew Ainsworth, para o site Mormon Matters, publicado em 13 de janeiro de 2008 - traduzido por A.Flauber D.Barros.’. 
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Em minha visão, as necessárias mudanças na cultura Mórmon não requer que membros da Igreja  saiam de seus conselhos de liderança. Ao contrário, creio que as mudanças mais necessárias são aquelas que os membros da Igreja “pegam”(no sentido de entender) o que as Autoridades Gerais já lhe disseram. Na minha opinião, uma das mudanças mais necessárias na cultura Mórmon é eliminar a tendência dos membros da Igreja de elevar por deveras seus líderes e suas doutrinas a um estado de perfeição mítico e livre de imperfeição.

A seguinte lista de 10 coisas que acredito que todo Mórmon deveria saber para evitar desenvolver expectativas absurdas sobre a Igreja, sua doutrina e seus líderes. Você poderia considerar este coquetel de princípios estabelecidos como uma “vacina” para prevenir que os Santos dos Últimos Dias se tornem desiludidos por apenas uma simples dificuldade ou controvérsia sobre a Igreja.

1. Nossa compreensão é incompleta. Uma das Regras de Fé diz que Deus “...ainda revelará muitas grandes e importantes coisas pertencentes ao Reino de Deus. “ (9a. Regra de Fé.) As palavras-chave  “ainda revelará” (significam que não aconteceram ainda), “muitas” (entenda-se não poucas), e “grandes e importantes coisas” (leia-se não apenas poucos detalhes). Logo, a Igreja oficialmente reconhece que não temos a compreensão completa; Nós não dizemos que sabemos tudo. Então, se uma doutrina em particular ou regra não faz sentido para você, pode ser que ainda nos falte uma peça importante do quebra-cabeça. E porque nossa compreensão é incompleta, devemos esperar por mudanças na doutrina da Igreja e regras a medida que a Igreja cresce “linha sobre linha, preceito sobre preceito” em direção a um maior entendimento dos caminhos de Deus.  

2. Líderes da Igreja não alegam ser infalíveis. Elder Faust disse claramente: “Nós não fazemos alegações de que somos infalíveis ou de perfeição nos profetas, videntes e releladores” (James E. Faust, “Revelação Contínua,” Ensign, Nov 1989, 8.) Igualmente, Elder Hales disse: “Eu não sou um homem perfeito, e a infalibilidade não vêm com o chamado.” (Robert D. Hales, “The Unique Message of Jesus Christ,” Ensign, May 1994, 78.) Então devemos esperar que ocasionalmente achar nossos líderes sendo seres humanos, pecando e comentendo erros.

3. Nem tudo o que um líder da Igreja diz é inspirado por Deus. O profeta Joseph Smith tinha conhecimento disto, “algumas revelações são de Deus: algumas são do homem: e algumas revelações são do opositor.” (B. H. Roberts, Comprehensive History of the Church, 1:163.) Similarmente o site oficial da Igreja recentemente declarou: “Um simples pronunciamento feito por um simples líder em uma simples ocasião muitas vezes representa uma pessoal, bem-considerada, opinião, mas não significa ser oficialmente aceita por toda a Igreja.” (Siga o link.) Então não se impressione se um ‘bem-intencionado’ líder da Igreja erroneamente expressa sua opinião pessoal como se fosse doutrina.

4. As escrituras podem conter imperfeições humanas. Quando a inspiração divina é reduzida a linguagem humana imperfeita, devemos esperar que algumas coisas “se percam na tradução.” (Veja a 8a. Regra de Fé ["o quanto seja correta sua tradução"]; Livro de Mórmon, página título ["E agora, se existem faltas elas são erros de homens; portanto, não condeneis as coisas de Deus..."].) Também, não se surpreenda se uma revelação ou tradução entregue a por um homem do início do século 19 soa como algo como um homem do início do século 19 diria. (D&C 1:24-25 ["estes mandamentos são meus e foram dados à meus servos em sua fraqueza, conforme a sua maneira de falar..., “...E se errassem, isso fosse revelado; “

5. Profetas não alegam que todas suas inspirações vêm de experiências de conversas face a face com Deus. Quando dizemos que o profeta fala por Deus, Não necessariamente significa que tudo o que ele diz foi dito por Deus diretamente, face a face. Melhor, profetas esclareceram que sua inspiração normalmente vem do Espírito Santo.  Elder Packer declarou: “Esta instrução vem através de pensamentos, como sentimentos, através de impressões e insinuações. Nem sempre é fácil descrever inspiração. As escrituras nos ensinam que nós poderemos “sentir” as palavras de comunicação espiritual  mais do que ouví-las, e ver com olhos espirituais mais do que com os olhos mortais. Os padrões de revelação não são dramáticos. A voz da inspiração ainda é uma voz doce, uma voz pequena. Não precisa estar em transe, nem de uma declaração formal. É mais silenciosa e simples que isto.” (Boyd K. Packer, “Revelation in a Changing World,” Ensign, Nov 1989, 14.) Então, como primeiro ponto, devemos esperar algumas imperfeições sempre que alguém toma a decisão de uma tarefa de grandes proporções  de reduzir pensamentos divinos em termos humanos.  E porque existe algum “espaço para interpretação” em dicernir impressões espirituais, devemos esperar que líderes da Igreja divirjam em suas percepções e visões.

6. Algumas vezes Deus dá aos líderes da Igreja a discrição de tomar suas próprias decisões de acordo com o seu ‘melhor julgamento’. Brigham Young ensinou: “Se eu pergunto a [Deus] para me dar sabedoria concernente a qualquer requisito da minha vida, ou sobre o meu próprio rumo, ou dos meus amigos, minha família, meus filhos, ou àqueles que eu presido, e não obtenho nenhuma resposta Dele, então faço o melhor que meu julgamento irá me ensinar, ele irá limitar e honrar minha decisão.” (Teachings of the Presidents of the Church: Brigham Young, p. 46; veja também Helamã 10:5-10, D&C 80:3.) Em outras palavras, às vezes, Deus deixa líderes da Igreja decidirem o que fazer e os coloca seu selo divino de aprovação nele. Então, não se surpreenda se a decisão de um líder da Igreja  parecer um reflexo do seu julgamento pessoal em oposição a uma instrução divina.

7. Erros doutrinários podem existir na Igreja. Elder Merrill C. Oaks dos Setenta declarou: “Nossa proteção de doutrinas errôneas está numa crença primordial de revelação contínua do nosso profeta atual” (Merrill C. Oaks, “The Living Prophet: Our Source of Pure Doctrine,” Ensign, Nov 1998, 82.) Eu entendo que esta declaração de ser um conhecimento que erros doutrinários podem existir na Igreja, mas felizmente, estes erros serão identificados e corrigidos com o tempo através de revelação. É claro, a possibilidade de erros existentes na Igreja não nos deve surpreender se lembrarmos dos pontos de 1 a 6 acima.

8. Nenhum dos pontos acima deve minar nosso testemunho de que as escrituras são a “palavra de Deus,” ou de que os líderes da Igreja não são inspirados por Deus. O fato de que um livro de escrituras ou profeta pode se equivocar sobre uma ou mais coisas não os impede de ser inspirado sobre muitas, muitas outras coisas. Nada diz que o dicernimento espiritual de um profeta precisa ser perfeito ou ele seria uma fraude.  Como Elder Faust declarou: “Eu testifico humildemente que eu sei que o Senhor ainda guia esta Igreja através de seus servos,  mesmo com quaisquer imperfeições pessoais.” (James E. Faust, “Continuous Revelation,” Ensign, Nov 1989, 8.) A idéia que podemos ignorar tudo que um livro de escritura ou um líder da Igreja diz ele tem que ser provado que aquilo ou ele estava errado sobre uma ou mais coisas, é o mesmo que o ditado popular “jogar o bebê fora junto com a água do banho”.

9. Questionando e examinando as declarações de líderes da Igreja não é somente permitido, mas encorajado. Brigham Young disse: “Eu temo mais que estas pessoas tenham tanta confiança em seus líderes que elas não irão perguntar a si mesmas a Deus mesmo que sejam guiados por Ele. Temo que eles se acomodem em um estado de cegueira de auto-proteção, confiando que seus eternos destinos estejam nas mãos destes líderes com a confiança imprudente que por si só frustaria os propósitos de Deus em sua salvação, e debilitaria esta influência que eles poderiam dar a seus líderes, que eles podem sabem por si mesmos, através de revelações de Jesus, que eles foram guiados da forma correta. Deixe cada homem e mulher saber, através dos sussuros do Espírito de Deus por eles mesmos , se seus líderes estão andando no caminho que o Senhor ordena ou não.” (Journal of Discourses, 9:150 [quoted by James E. Faust, "Continuous Revelation," Ensign, Nov 1989, 8].) É claro, existe uma grande diferença entre indagações motivadas por um sincere desejo de saber a verdade e um esforço pre-determinado de provar que a Igreja está errada. A primeira opção é encorajada, enquanto que a segunda é falsa.

10. É leviano concluir que líderes da Igreja estão “errados” sobre algo que não compreendemos ou não concordamos. Humildade e honestidade intelectual requer que reconheçamos que nós somos capazes de pelo menos cometer enganos em nosso julgamento como líderes da Igreja. Em consequência, seria insensato concluir que líderes da Igreja estão “errados”sobre algo ou que certo ensinamento é “falso”. O máximo que devemos dizer é que nós não entendemos algo, ou que sobre aquilo ainda não recebemos testemunho da veracidade de algo. Isto pode parecer muito filosófico, mas existe uma grande diferença entre dizer à um lider da Igreja “você está errado” ou “você está ensinando uma falsa doutrina”, ou o oposto dizendo, “Eu não entendo a sua posição” ou “Eu tenho um ponto de vista diferente.” Então aqui está o paradoxo: enquanto nós reconhecemos a possibilidade (e probabilidade) de erros existente na Igreja, sabedoria e humildade devem evitar que cada um de nós conclua que nosso julgamento e dicernimento espiritual é superior ao de nossos líderes da Igreja. Em consequência, nenhum de nós deve concluir que possuímos o julgamento superior necessário para identificar estes erros; esta tarefa está designada aos nossos líderes.

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terça-feira, 9 de março de 2010

Tradução do Livro de Mórmon

"E agora, se há falhas, são erros dos homens; não condeneis portanto as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo."


Boa tarde a todos!
Como é de conhecimento comum na Igreja e mostrado e ensinado desde a primária, àqueles que nasceram no convênio ou se converteram para a Igreja quando crianças esta é a imagem ou forma como "sabemos" que aconteceu a tradução


Antes do advento do profeta Joseph Smith, o que sabíamos sobre o Urim e o Thumim era o que encontramos na Bíblia que diz:

"Também porás no peitoral do juízo Urim e Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante do SENHOR: assim Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do SENHOR continuamente." (Êxodo 28:30)

"Depois pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim" (Lev.8:8)

De acordo com a história de Joseph Smith 1:35 lemos:

"Disse também que havia duas pedras em aros de prata—e essas pedras, presas a um peitoral, constituíam o que é chamado Urim e Tumim—depositadas com as placas; e que a posse e uso dessas pedras era o que constituía os ”videntes” nos tempos antigos; e que Deus as tinha preparado para serem usadas na tradução do livro. "

Já em D&C 17:1 lemos: "EIS que vos digo que devereis confiar em minha palavra e, se o fizerdes de todo o coração, vereis as placas e também o peitoral, a espada de Labão, o Urim e Tumim, que foram dados ao irmão de Jarede no monte quando ele falou com o Senhor face a face; e os guias milagrosos que foram dados a Leí enquanto estava no deserto, às margens do Mar Vermelho."

Existem alguns relatos de pedras com Joseph Smith, só que não se assemelham aos mencionados acima, vejamos a seguir.

Em abril de 1828, Joseph Smith começou o trabalho de tradução da placas do LdM e até junho daquele ano, havia traduzido as primeiras 116 páginas com o auxilio de Martin Harris como escrivão, uma das três testemunhas do LdM, páginas estas que posteriormente Martin veio a perder, este é um outro assunto a parte que discutiremos mais a frente. Oliver Cowdery, primo de Joseph Smith veio ajudá-lo no trabalho de escrever o Livro e testificou sobre esta experiência anos mais tarde:

Foram dias que nunca serão esquecidos—sentar-se sob a voz ditada pela inspiração dos céus, despertou um sentimento de profunda gratidão dentro deste peito, dia após dia, continuei sem parar a escrever de sua boca, o que ele traduzia... a história ou relato chamado "O Livro de Mórmon" (JS—H 1:71n./ tradução livre)

David Whitmer, uma das outras três testemunhas da veracidade do LdM, escreveu sobre o que Joseph usava em sua tradução e do modo:

“Joseph Smith iria colocar a pedra vidente dentro de um chapéu, e seu rosto no chapéu, tão próximo o suficiente que iria excluir a luz exterior; e nesta escuridão a luz espiritual iria brilhar. Um pedaço de algo assemelhando-se a um pergaminho iria aparecer, e em cima daquilo iria aparecer a inscrição, um caracter de cada vez e logo abaixo sua tradução para o inglês. Irmão Joseph iria ler em inglês para Oliver Cowdery, que era seu escriba principal, e quando foi escrito e repetido com o irmão Joseph para ver se ela estava correta, então ela iria desaparecer, e outro caracter com a interpretação iria aparecer. Assim, o Livro de Mórmon foi traduzido pelo dom e poder de Deus, e não por qualquer poder do homem.” (David Whitmer, An Address to All Believers in Christ, Richmond, Mo.: n.p., 1887, p. 12./ tradução livre)

Esperem um pouco, uma breve pausa aqui, pedra dentro do chapéu e rosto dentro do chapéu? Em 16-20 anos de Igreja ainda não tinha ouvido falar disto, nem sequer tinha visto qualquer gravura. É importante saber disto hoje em dia? de qualquer forma, esta é uma das razões do blog que aqui vos apresenta. Existe declararação oficial hoje em dia da Igreja em relação a este evento? Mais a frente veremos que sim, mas antes mais um relato sobre a forma de tradução, desta vez com Emma Smith, a valorosa e heroína esposa de Joseph Smith em uma estrevista em 1856:

"Quando meu marido estava traduzindo o Livro de Mórmon, eu escrevi uma parte dele, como ele ditou cada frase, palavra por palavra, e quando ele veio para nomes próprios ele não podia pronunciar, ou palavras compridas, ele as foi soletrando, e enquanto eu estava escrevendo-as, se eu cometesse algum erro de ortografia, ele iria parar e corrigir minha ortografia, embora fosse impossível para ele ver como eu estava escrevendo-os no momento. Mesmo a palavra Sarah ele não podia pronunciar no início, mas teve de soletrá-lo, e gostaria de pronunciá-lo para ele." (Edmund C. Briggs, “A Visit to Nauvoo in 1856,” Journal of History, Jan. 1916, p. 454./ tradução livre)

Bom, por hoje é só, espero que estas informações possam ser úteis de alguma forma aos caros irmãos e concluo com a esperança de que mantenhamos acessa a chama da pesquisa e curiosidade positiva, que possamos continuar nossa batalha contra a ignorância e o preconceito e que cultivemos nossa fé em Deus, Jesus Cristo-o Salvador e em suas Escrituras Sagradas, que são de fato, sua palavra.

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Os "outros" heróis mórmons

Apresentação de powerpoint em vídeo feito por John Dehlin, um SUD que vive em Utah, onde relembra vultos da história americana, seus feitos notáveis e outras características não mencionadas sobre suas vidas, mas que marcaram uma época e deixaram um legado por onde passaram. Destacam-se nesta apresentação os outros "heróis" SUD que também deixaram sua marca e são pouco mencionados. (o vídeo está em inglês)



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Gênesis

Saudações a todos!

Hoje chega na rede este blog que tem como intuito de trazer à luz informações, dados, estórias, vídeos e documentos que fazem parte da história da Igreja Mórmon ao longo de cerca de 180 anos.
A Igreja de ontem e a de hoje sob o aspecto histórico.

Este blog tem o objetivo de levantar dados históricos sobre Igreja SUD que estão disponibilizados em livros de história da Igreja e seculares também em seus próprios livros de escritura, doutrina, periódicos e internet com o propósito de ampliar os conhecimentos sobre nossa religião,incentivar a consciência crítica e celebrar a cultura mórmon.