Joseph Smith explicou que os caracteres gravados nas placas de ouro do livro de mórmon não eram hebreus, que eram um egícpcio alterado ou egípcio reformado. O trabalho de gravar letras ou palavras em um livro de folhas de ouro era um processo tedioso, logo o profeta nefita Mórmon havia preferido esta liguagem pois ocupava menos espaço.
Em 01 de junho de 1827, três anos antes da publicação do Livro de Mórmon, Ethan Smith, autor do livro 'View of Hebrews' de 1823, relata no jornal semanal de Palmyra, NY, o Wayne Sentinel, publicado por Egbert B.Grandin que havia sido descoberto um manuscrito mexicano com hieróglifos que eram considerados como prova de que os mexicanos e os egípcios "tinham ligações uns com os outros e... tinham o mesmo sistema de mitologia."
Martin Harris queria ver as placas que constituíam o livro dourado, mas neste ponto da história isto não havia sido permitido a ele, logo Martin insistiu que pudesse ter a transcrição dos caracteres em papel e assim os levaria a presença de algum estudioso em línguas antigas em Nova Iorque e que obtendo um testemunho assinado de um homem entendido no assunto causaria uma grande impressão e limparia as dúvidas das mentes dos descrentes.
Em Nova Iorque o primeiro estudioso que Martin encontra foi Samuel L.Mitchell que era vice-presidente do Rutgers Medical College e conhecido no país como uma enciclopédia ambulante. Seu encontro com Samuel não foi lhe favorável no que foi-lhe recomendado que buscasse por Charles Anthon, professor de grego e latim da Universidade de Columbia. O que aconteceu neste encontro foi um dos menores enigmas de qualquer estudante de documentos mórmons. Anthon escreveu posteriormente sobre este encontro:
o papel a ele apresentado consistia de todo o tipo de caracteres distorcidos dispostos em coluna e que haviam claramente sido preparados por alguma pessoa que tinha diante de si na ocasião um livro contendo vários alfabetos. Letras gregas e hebraicas, cruzes e floreados, letras romanas invertidas ou dispostas de lado, foram colocadas em colunas perpendiculares e o todo finalizava em uma delineação rudimentar de um círculo dividido em vários compartimentos, adornado com várias marcas estranhas e evidentemente copiado de um calendário mexicano de Alexander von Humboldt, mas copiado de uma certa forma a não trair a fonte de onde provinha." Mas o único papel, ou porção dele que Martin guardou não se encaixa nesta descrição de Anthon. (veja gravura)
Quando Martin retornou, apareceram as palavras que Anthon havia declarado que os caracteres eram uma antiga taquigrafia egípcia, logo depois descobriu que seu nome estava sendo usado para fazer propaganda ao Livro de Mórmon no que escreveu uma negação violenta: "toda a estória sobre eu ter pronunciado que a inscrição mormonita ser 'hieróglifos egípcio-reformado' é perfeitamente falsa" e disse que toda a estória sobre a bíblia dourada era tanto "um trote no instruído" ou um "esquema para tapear o fazendeiro com seu dinheiro"
(carta de Charles Anthon à E.D.Howe, 17 de Feveiro de 1834, Mormonism Unvailed, pp.270-2)
Ainda assim, Harris voltou para casa desejando se aventurar no negócio de financiar o Livro de Mórmon
"Porque Martin Harris voltou e continuou a trabalhar para Joseph Smith depois do que Anthon lhe disse parece ser ridículo, eu só acho difícil trazer estas duas informações juntas..." Richard L.Bushman, professor de história da universidade de Columbia, autor do livro Joseph Smith - Rough stone rolling em entrevista dada em 2007 ao site Mormon Stories.
Sendo um mistério ou não o fato é que a versão de Martin de seu encontro com Charles Anthon sugere um porque. Ele disse a Joseph que Anthon tinha pronunciado que os caracteres eram Egícpcios, Caldeus, Assírios e Árabes e deu seu parecer por escrito. Então ficando mais curioso sobre o assunto, ele pediu a Harris por mais detalhes. Depois de ouvir a estória do anjo e das placas de ouro, ele tinha rasgado sua própria declaração em aversão. Mas como estava a par do assunto, Anthon havia sugerido que as placas lhes fossem apresentadas para traduzir. Isto era proibido, Harris lhe disse e comentou ainda que parte do livro estava selada. Na qual Anthon lhe respondeu brevemente: "Eu não posso ler um livro selado".
Quando Joseph ouviu Harris até o final, ele folheou o velho testamento no capítulo 29 de Isaías e leu para ele os versos onze e doze: "Por isso toda a visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso, porque está selado. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler." Harris estava arrebatado, ele tinha cumprido uma profecia!
segunda-feira, 29 de março de 2010
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5 comments:
Prezado Flauber
Faço quatro questões:
Primeiro diz-se que o egípcio reformado é uma língua completamente perdida "que nenhum homem conhece". Entrentanto, alguém que, sem nenhuma "revelação divina" podia lê-lo? Nem mesmo Joseph Smith podia fazer isso! E Anthon o fez sem o Urim nem o Tumim?
Segundo, por que continham os papéis caracteres caldeus, assírios e arábicos, se as placas de ouro tinham sido escritas somente em egípcio reformado?
Terceiro, uma vez esta teria sido a primeira e única tradução do egípcio reformado por mais de mil anos, como é que Anthon podia ter dito que era a tradução mais correta do egípcio que ele já vira? Como é que ele podia saber se a tradução inglesa era correta ou não?
Quarto, uma vez que o professor Anthon não era um egiptologista, e uma vez que a ciência da compreensão da língua egipcia estava apenas se iniciando naquela época, mesmo os eruditos mórmons se questionam sobre o endosso de Athon sobre a tradução (veja Mormonism—Shadow or Reality? p.105).
A própria bíblia já desde antiguidade profetizou sobre o surgimento do livro de mormon. E é aceitável o fato de que muitos iriam ter dificuldade em aceitar e até mesmo ter a humildade em ler, ponderar e orar para saber se o livro de mórmon é verdadeiramente a palavra de Deus.
Queridos comentaristas o livro de mórmon é a palavra de Deus assim como a bíblia e a incredulidade de muitos continuará atacar um registro sagrado que foi ordenado pelo próprio Deus para ser registrado pelos antigos profetas que aqui viveram nas américas.
Essa senhora que se autodenomina "Investigadora" é uma piada. !!! Essa cidadã deseja que sempre pravaleça o que ela acredita e registra em seu blog; se qualquer um fizer um comentários argumentando contrariamente ao que ela posta em seu blog e começar a deixá-la sem argumentos, ela chega ao ponto em que apenas publica o que ela disse como sua última resposta e não publica os comentários que a deixou em maus lençois. Claro... Assim ela busca demonstrar em seu blog que ela sempre sabe o que diz e que é ela, que deixa as pessoas sem argumentos.
Isso para mim é pura corvadia, por que se ela sabe tanto, por que não vai até o fim em uma discussão e não posta tudo o que enviam à ela ??? Acho engraçado como existe tanta gente como essa pessoa medíocre, que, como muitos desejam provas concretas e acreditam em uma minoria ridícula e fazem da vida uma gerra contra a Igreja.
Provas ??? Então nos diga uma religião que têm provas concretas enviadas por Deus de sua veracidade...
Ja ví muitos argumentos da Pesquisadora e sei que ela tem grande conhecimento sobre a igreja e no que concerne as minúcias e detalhes dos acontecimentos maquiados da história da igreja. Muitos membros desejam que a igreja seja verdadeira mas infelizmente com tanta controvérsia sobre seus registros "inspirados" não é possivel mais fechar os olhos para certas fraudes como o livro de Abraão, por exemplo, e dos tristes relatos racistas e discriminadores sobre a linhagem dos povos negros e ameríndios,relatados em varios Jornais dos discuros e outras publicações mormons. Triste foi ver o Presidente Gordon B Hinckley mentido em suas entrevistas à um programa televisivo, em que ele afirmava não saber o por quê da recusa do sacerdócio de Melquisedeque aos Negros e também desconhecer os meios em que Joseph Smith traduziu Livro de Abraão, sendo que é ensinado nas aulas do Instituto que foi por inspiração divina.
O Aegypcio Reformado são os caracteres alfabetiformes descobertos pelo arqueólogo Sir William Petrie em 1890. O Prof. Petrie nas suas muitas escavações no Aegyptus, nas ruínas mais antigas das cidades, descobriu um grande grupo de caracteres usados e intransitivos para o sistema Hieroglifico, sendo datados da época desde há 6.000 A.C. até 1.200 A.C. O Prof. Flinders Petrie alegou, o facto é de que eles sustentam grandemente serem muito semelhantes, a muitos dos caracteres lineares posteriores dos alfabetos semíticos mais novos.É possivel que algumas civilizações mais antigas pré-históricas ou povos tenham contribuido para estas formas de alfabeto. Outros exemplos deste tipo de alfabetiforme, Já foram encontrados desde a primitiva Península Ibérica até á Ásia Menor, mais frequentemente no Periodo Neolítico. Este caracteres foram utilizados no Aegyptus Préhistórico até á 18ª Dinastina, sendo depois reformados. Todavia esses caracteres mencionados fazem parte da Família dos Caracteres Peninsulares Ibéricos do Povo Konii, que chegam a serem os primeiros ocidentais com presença no Aegyptus onde fundaram cidades. Em confronto com os caracteres do Livro de Mormon, provam que na época de Lehi essa escrita do egypcio reformado ainda era conhecida, mas, não usada.
Carlos Castelo-Contacto: epigrafista@gmail.com
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