terça-feira, 25 de maio de 2010

O Monte Cumora, um relato


O Livro de Mórmon relata que o Monte Cumora foi palco para grandes batalhas entre Nefitas e Lamanitas e anteriormente entre os Jareditas, aonde nesta primeira cerca de duzentos e trinta mil pessoas incluindo homens, mulheres e crianças foram aniquiladas.

Este terreno aonde se situa o monte, foi comprado pela Igreja SUD e fica em Palmyra, Nova Iorque. Lá hoje existem museus sobre o tema, visitas guiadas, capelas e o templo mais próximo é o de Palmyra. Veja o site para mais detalhes - Hill Cumorah & Historic Sites

Dentro da Igreja SUD, eventualmente ouvimos a estória sobre o monte Cumora guardar as placas de ouro do Livro de Mórmon juntamente com muitas outras placas de registros antigos, eu ouvi esta estória enquanto estava na minha missão e pesquisando encontrei o relato completo que dá origem a esta estória. Ela foi proferida em um discurso feito por Brigham Young e publicado no conhecido "Journal of Discourses", eis o discurso na íntegra:

Relato de Brigham Young sobre o Monte Cumora

 "Orin Porter Rockwell  é uma testemunha ocular de alguns poderes em retirar tesouros da terra. Ele esteve com algumas pessoas que moravam perto de onde as placas foram encontradas que continham os registros do Livro de Mórmon. Haviam grandes tesouros escondidos pelos nefitas...

Eu vivia no lugar aonde as placas foram encontradas, das quais o Livro de Mórmon foi traduzido, e eu sei de muitas coisas que pertencem a esse lugar. Creio que vou tomar a liberdade de lhes dizer de uma circunstância que será tão maravilhosa como tudo o que pode ser.

Este é um incidente na vida de Oliver Cowdery, mas ele não tomaria a liberdade de contar essas coisas em uma reunião como eu vou tomar. Digo essas coisas para vocês, e eu tenho um motivo para fazê-lo. Eu quero levá-los para os ouvidos dos meus irmãos e irmãs, e as crianças também, para que possam crescer no entendimento de algumas coisas que parecem ser completamente escondidas da família humana.

Oliver Cowdery estava com o profeta Joseph Smith quando ele devolveu as placas. Joseph não traduziu todas as placas, havia uma porção delas que estava selada, e você pode ler sobre isto no livro de Doutrina e Convênios, quando Joseph recebeu as placas, o anjo instruiu-o a levá-las de volta para o monte Cumôra,  e ele o fez.

Oliver disse que quando ele e Joseph foram  lá, a montanha se abriu e entraram em uma caverna, na qual havia um quarto grande e espaçoso. Ele diz que não sabia, na hora, se tiveram o auxílio da luz do sol ou luz artificial, mas que era como luz do dia. Eles colocaram as placas sobre uma mesa;  era uma grande mesa que estava na sala. Sob esta mesa havia uma pilha de placas, tão alta que chegava a dois metros de altura, e junto nesta sala estavam tantas outras placas que certamente encheriam muitos carroções, pois estavam empilhadas nos cantos e próximos as paredes. A primeira vez que foram lá a espada de Labão estava pendurada na parede, mas quando eles foram novamente, esta havia sido retirada e colocada sobre a mesa em cima das placas de ouro. Estava desembainhada, e nela estavam escritas estas palavras:

"Esta espada nunca será embainhada novamente até que os reinos deste mundo tornarem-se o Reino do nosso Deus e seu Cristo. "

Eu digo que estas experiências não vêm apenas de Oliver Cowdery, mas de outras pessoas que estavam familiarizados com ela, e que entenderam tão bem como nós entendemos que viemos a esta reunião, aproveitando o dia, depois nos separaramos e vamos embora, esquecendo-se mais do que é dito, mas lembrando-nos de algumas coisas. Assim é com as outras circunstâncias da vida.

Eu digo isto para você e quero que você entenda que, eu tomo a liberdade de lembrar destas coisas para que elas não sejam esquecidas e perdidas. Carlos Smith era um jovem com um testemunho tanto quanto qualquer outro jovem, e ele era uma testemunha destas coisas. Samuel Smith viu algumas coisas, Hyrum viu muitas coisas, mas Joseph era o líder.

Agora, você pode pensar que eu sou imprudente vindo à público dizer essas coisas, pensando que talvez eu deveria preservá-los em meu próprio peito, mas essa não é a minha natureza. Gostaria que o povo chamado Santos dos Últimos Dias entendesse algumas pequenas coisas que dizem respeito aos trabalhos e desígnios de Deus e seu povo aqui na terra. Eu poderia dizer-lhes muitos mais grandiosas, das quais todos nossos irmãos e irmãs, estão já familiarizados.
" Journal of Discourses, 26 vols. [London: Latter-day Saints' Book Depot, 1854-1886], 19: 37

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