terça-feira, 9 de março de 2010

Tradução do Livro de Mórmon

"E agora, se há falhas, são erros dos homens; não condeneis portanto as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo."


Boa tarde a todos!
Como é de conhecimento comum na Igreja e mostrado e ensinado desde a primária, àqueles que nasceram no convênio ou se converteram para a Igreja quando crianças esta é a imagem ou forma como "sabemos" que aconteceu a tradução


Antes do advento do profeta Joseph Smith, o que sabíamos sobre o Urim e o Thumim era o que encontramos na Bíblia que diz:

"Também porás no peitoral do juízo Urim e Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante do SENHOR: assim Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do SENHOR continuamente." (Êxodo 28:30)

"Depois pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim" (Lev.8:8)

De acordo com a história de Joseph Smith 1:35 lemos:

"Disse também que havia duas pedras em aros de prata—e essas pedras, presas a um peitoral, constituíam o que é chamado Urim e Tumim—depositadas com as placas; e que a posse e uso dessas pedras era o que constituía os ”videntes” nos tempos antigos; e que Deus as tinha preparado para serem usadas na tradução do livro. "

Já em D&C 17:1 lemos: "EIS que vos digo que devereis confiar em minha palavra e, se o fizerdes de todo o coração, vereis as placas e também o peitoral, a espada de Labão, o Urim e Tumim, que foram dados ao irmão de Jarede no monte quando ele falou com o Senhor face a face; e os guias milagrosos que foram dados a Leí enquanto estava no deserto, às margens do Mar Vermelho."

Existem alguns relatos de pedras com Joseph Smith, só que não se assemelham aos mencionados acima, vejamos a seguir.

Em abril de 1828, Joseph Smith começou o trabalho de tradução da placas do LdM e até junho daquele ano, havia traduzido as primeiras 116 páginas com o auxilio de Martin Harris como escrivão, uma das três testemunhas do LdM, páginas estas que posteriormente Martin veio a perder, este é um outro assunto a parte que discutiremos mais a frente. Oliver Cowdery, primo de Joseph Smith veio ajudá-lo no trabalho de escrever o Livro e testificou sobre esta experiência anos mais tarde:

Foram dias que nunca serão esquecidos—sentar-se sob a voz ditada pela inspiração dos céus, despertou um sentimento de profunda gratidão dentro deste peito, dia após dia, continuei sem parar a escrever de sua boca, o que ele traduzia... a história ou relato chamado "O Livro de Mórmon" (JS—H 1:71n./ tradução livre)

David Whitmer, uma das outras três testemunhas da veracidade do LdM, escreveu sobre o que Joseph usava em sua tradução e do modo:

“Joseph Smith iria colocar a pedra vidente dentro de um chapéu, e seu rosto no chapéu, tão próximo o suficiente que iria excluir a luz exterior; e nesta escuridão a luz espiritual iria brilhar. Um pedaço de algo assemelhando-se a um pergaminho iria aparecer, e em cima daquilo iria aparecer a inscrição, um caracter de cada vez e logo abaixo sua tradução para o inglês. Irmão Joseph iria ler em inglês para Oliver Cowdery, que era seu escriba principal, e quando foi escrito e repetido com o irmão Joseph para ver se ela estava correta, então ela iria desaparecer, e outro caracter com a interpretação iria aparecer. Assim, o Livro de Mórmon foi traduzido pelo dom e poder de Deus, e não por qualquer poder do homem.” (David Whitmer, An Address to All Believers in Christ, Richmond, Mo.: n.p., 1887, p. 12./ tradução livre)

Esperem um pouco, uma breve pausa aqui, pedra dentro do chapéu e rosto dentro do chapéu? Em 16-20 anos de Igreja ainda não tinha ouvido falar disto, nem sequer tinha visto qualquer gravura. É importante saber disto hoje em dia? de qualquer forma, esta é uma das razões do blog que aqui vos apresenta. Existe declararação oficial hoje em dia da Igreja em relação a este evento? Mais a frente veremos que sim, mas antes mais um relato sobre a forma de tradução, desta vez com Emma Smith, a valorosa e heroína esposa de Joseph Smith em uma estrevista em 1856:

"Quando meu marido estava traduzindo o Livro de Mórmon, eu escrevi uma parte dele, como ele ditou cada frase, palavra por palavra, e quando ele veio para nomes próprios ele não podia pronunciar, ou palavras compridas, ele as foi soletrando, e enquanto eu estava escrevendo-as, se eu cometesse algum erro de ortografia, ele iria parar e corrigir minha ortografia, embora fosse impossível para ele ver como eu estava escrevendo-os no momento. Mesmo a palavra Sarah ele não podia pronunciar no início, mas teve de soletrá-lo, e gostaria de pronunciá-lo para ele." (Edmund C. Briggs, “A Visit to Nauvoo in 1856,” Journal of History, Jan. 1916, p. 454./ tradução livre)

Bom, por hoje é só, espero que estas informações possam ser úteis de alguma forma aos caros irmãos e concluo com a esperança de que mantenhamos acessa a chama da pesquisa e curiosidade positiva, que possamos continuar nossa batalha contra a ignorância e o preconceito e que cultivemos nossa fé em Deus, Jesus Cristo-o Salvador e em suas Escrituras Sagradas, que são de fato, sua palavra.

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3 comments:

Investigadora disse...

Prezado Flauber

Apesar de não compartilharmos da mesma fé, neste link
http://investigacoessud.blogspot.com/2009/11/traducao-ou-adivinhacao.html

coloco várias citações de como foi realmente a tradução do Livro de Mórmon.

Abs

Investigadora disse...

Sobre o Urim e Tumim e as pedras do vidente:

http://investigacoessud.blogspot.com/2010/01/joseph-smith-uso-de-aparatos-sagrados.html

Anônimo disse...

Caro Flauber

Não entendi porque você não colocou a parte da entrevista de Emma na qual ela confirma o uso da pedra no chapéu por joseph ficou parecendo que ele ditava diretamente das placas.

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